terça-feira, 30 de agosto de 2011

mexidos/formigos


SÁBADO, 16 DE JANEIRO DE 2010

WAFFLES LÊVEDOS DE MANTEIGA

Diferentes dos tradicionais waffles de massa quebradiça, com fermento químico (Royal), esteswaffles levedam com fermento biológico (padeiro) pelo que a massa se torna mais elástica.
Chamei-lhes lêvedos, porque levedam é óbvio, mas ficam algo parecidos com os Bolos Lêvedos Açorianos.

São óptimos quentes e melhores ainda frios.Esta receita resulta de uma longa experimentação até obter uma massa fácil de trabalhar mas ao mesmo saborosa e que não abuse da gordura e açúcar.
A quantidade de açúcar é reduzida pelo que também podem ser alternativa para o pequeno-
almoço ou lanche da manhã.

Inúmeras variações de sabor tenho experimentado sempre com a mesma massa e sempre com sucesso. Uso a MFP para os amassar mas obviamente podem ser feitos à mão.
Em vez de os fazer enchendo toda a forma de waffles, como os tradicionais quadrangulares (uma vez que a massa é líquida) estes, faço-os moldando pequenas bolas que não encham a totalidade da forma.

Fiz assim...

WAFFLES LÊVEDOS DE MANTEIGA


INGREDIENTES
100ml de leite morno
1 colher (chá) de fermento biológico
75g de açúcar
1 ovo
1 colher (chá) de essência de baunilha
300g de farinha
75g de manteiga derretida

PREPARAÇÃO
Na cuba da MFP colocar os ingredientes pela ordem mencionada. Seleccionar o programa de massas lêvedas e deixar até ao fim.
Retirar a massa da cuba e dividir em 14 pequenas bolas de massa.
Aquecer bem a máquina de waffles e colocar uma bola em cada local de waffle. Deixar assar até dourar.
Retirar e deixar arrefecer numa grelha.


Variação da massa Waffles com farinha custard e cristais de açúcar

NOTAS, MAS NÃO MENOS IMPORTANTES
- Quando as bolachas ou neste caso waffles são de manteiga, prefiro usar esta a qualquer outra gordura;
- Variações - juntar aos ingredientes iniciais da massa uma das seguintes sugestões:
- 2 colheres (sopa) de farinha custard, eliminando a essência de baunilha e 2 das colheres de farinha;
- 1 colher (sopa) de raspas de laranja/limão;
- 2 colheres (sopa) de açúcar em cristais adicionadas depois de ter levedado. Amassar e deixar repousar um pouco mais;
- 1 colher (sopa) de whisky ou licor de laranja;
- 1 colher (chá) de canela moída ou erva-doce em grão.

SEGUNDA-FEIRA, 11 DE JANEIRO DE 2010

FOLHADOS DE CACHORRO QUENTE

Salgadinhos muito fáceis e rápidos de fazer.

Para festas de aniversário, lanches ou refeições partilhadas.
Já há algum tempo tinha apresentado os Folhados de Salsicha, agora essa sugestão fica renovada com a inclusão de molho de tomate em vez de ketchup e com mostarda a decorar.

Fiz assim...

FOLHADOS DE CACHORRO QUENTE


INGREDIENTES
2 rolos de massa folhada fresca rectangular ou redonda
mostarda
19 salsichas

Para o molho:
1 lata de tomate pelado
1 fio de azeite
1 colher (chá) de orégãos secos
sal
pimenta

PREPARAÇÃO
Pré-aquecer o forno a 220ºC.
Preparar o molho colocando numa caçarola o tomate pelado e triturar rapidamente com a varinha mágica.
Levar ao lume e juntar o azeite, os orégãos, sal e pimenta moída.
Deixar ferver uns minutos para engrossar.
Desenrolar a massa folhada e cobrir com parte do molho de tomate. Dispor as salsichas.
Desenrolar o outro rolo de massa folhada e cortar com o rolo próprio para fazer a decoração. Com cuidado dispor sobre as salsichas, esticando um pouco a massa para abrir os cortes, mas não em demasia.
Com os dedos de lado passar entre as salsichas para marcar a sua posição e facilitar o corte posterior.
Cobrir a superfície com fios de mostarda e levar ao forno quente, 200ºC, até ficar dourado.

Retirar do forno deixar arrefecer um pouco e com o disco cortador de pizzas ou com uma faca grande cortar em tiras entre as salsichas.


NOTAS, MAS NÃO MENOS IMPORTANTES
- Ao elaborar o molho não triturar em demasia, pois a cor vermelha do tomate perde-se, triturar apenas para desfazer a maioria do tomate;
- O molho de tomate que sobrar pode ser guardado no frigorífico ou congelador para usar empizzas ou outra utilização;
- A massa folhada rectangular é mais prática nesta utilização, mas como por vezes encontramos outras marcas em promoção aqui fica a sugestão com o formato redondo;
-Se a massa folhada decorada que se põe por cima for muito esticada, irá sobrar massa desnecessariamente, por isso esticar apenas o suficiente.

QUARTA-FEIRA, 6 DE JANEIRO DE 2010

ANTIPASTO DE BERINGELA E PIMENTO

Gosto da beringela panada e frita, recheada e assada ou grelhada.
Combina muito bem com tempero de azeite e alho.
Nesta entrada juntei um outro sabor que acho divino na cozinha, o pimento.

Simples e prática de se fazer. A beringela e o pimento são grelhados com antecedência e mantidos em azeite. Preserva-se muito tempo, no frigorífico, apesar do azeite coalhar com o frio, mas tirado algum tempo torna-se normal.

Acompanha-se com uma torrada barrada com manteiga de alho e ervas ou simplesmente passada com um dente de alho, sobre a qual se coloca a beringela e algum do seu azeite, em jeito debruschetta.

Fiz assim...

ANTIPASTO DE BERINGELA E PIMENTO


INGREDIENTES
1 beringela roxa ou riscada
1 pimento vermelho
2 partes de azeite
1 parte de vinagre
2 dentes de alho
sal

PREPARAÇÃO
Lavar a beringela, descascar a quase totalidade da casca, em tiras, com o descascador de cenouras. Cortar a beringela longitudinalmente (no sentido do comprimento) em fatias com 0.5cm de espessura.
Aquecer uma grelha/chapa de carne e colocar as fatias de beringela, virando-as de vez em quando, até estarem macias, translúcidas, sem partes rijas, mas sem deixar queimar. Cortar as fatias ao meio ou em 3 parte e reservar.
Lavar o pimento, abrir e retirar as sementes. Cortar em formato plano e levar a grelhar com a pele para baixo, até esta estar levemente queimada. Retirar o pimento, abafar um pouco e retirar a pele. Cortar em pedaços mais pequenos.
Juntar numa taça à beringela e ao pimento grelhados, entremeados, o azeite e o vinagre batidos em vinagrete e os dentes de alho levemente picados.


NOTAS, MAS NÃO MENOS IMPORTANTES
- Outros aromas podem ser adicionados ao azeite, dependendo do gosto de cada um;
- A quantidade de azeite depende do tamanho da taça que for usada, deve haver azeite suficiente para chegar à última camada. Quando se acabar com este antipasto, o azeite pode ser reaproveitado para temperar uma salada convencional, pois é muito aromático. Para evitar usar azeite a mais, as camadas de beringela devem estar bem preenchidas.

SÁBADO, 2 DE JANEIRO DE 2010

SAPATEIRA RECHEADA / PATÊ DE SAPATEIRA

Para uma entrada onde também há camarões cozidos ou al ajillo, um patê de sapateira combina muito bem, com mini-tostas a acompanhar e as pinças e patas partidas com o martelo.

Esta é a forma que gosto de rechear a sapateira, muitas outras formas há, com algumas variações de ingredientes e o facto de se levar ao forno a gratinar ou não. Como faço com algumas horas de antecedência, porque nestes dias especiais não há tempo a perder, mantenho o patê num recipiente fechado no frigorífico. Na altura de servir é só rechear a carapaça e levar à mesa, por isso não costumo gratinar.

Para escolher a sapateira, uso congelada já cozida e de tamanho médio, 600-800g ou grande, +800g.

Fiz assim...

SAPATEIRA RECHEADA / PATÊ DE SAPATEIRA


INGREDIENTES
1 sapateira (+/- 800g)
1 ovo cozido
2 colheres (sopa) de pickles (cenoura, couve-flor, pimento)
1 colher (chá) de mostarda de dijon
1 colher (chá) de ketchup
1 gota de picante (opcional)
1 colher (chá) de whisky
1dl de cerveja
1 colher (sopa) de pão ralado
4 colheres (sopa) de maionese
pimenta moída

PREPARAÇÃO
Descongelar a sapateira, da noite para o dia, dentro da própria embalagem.

Começar por retirar as patas e as pinças da sapateira, uma a uma, torcendo-as ligeiramente na base.
Abrir a região central da sapateira puxando de trás para a frente.
Da região central puxada, escolher as ovas cor de laranja. Reservar.
Do interior da carapaça escolher apenas as ovas e a parte carnuda branca. Reservar e eliminar tudo o resto.
Lavar a carapaça em água corrente, passando os dedos no interior para a limpar por completo de qualquer resíduo. Colocar a carapaça a escorrer.

Na taça do processador, liquidificador ou na picadora colocar as ovas, a carne branca, o ovo e ospickles. Picar. Ainda no processador ou já à mão, misturar a mostarda, o ketchup, o whisky e a cerveja. Envolver bem.

Juntar o pão ralado e a maionese. Misturar bem e manter no frigorífico.

NOTAS, MAS NÃO MENOS IMPORTANTES
- Dependendo da quantidade desejada, podem-se fazer várias sapateiras ao mesmo tempo, multiplicando as quantidades dos ingredientes;
- Para fazer render um pouco mais o patê junta-se um pouco mais de cerveja e para não ficar muito líquido acrescenta-se mais 1 colher de pão ralado;
- Embora tenha colocado como opção o picante, não costumo usar;
- Se durante o período de rechear as sapateira ligar o forno por qualquer motivo, as carapaças podem secar um pouco mais no calor do forno desligado;
- Para gratinar, no fim de rechear a sapateira polvilhar com queijo ralado e levar ao grill quente do forno, apenas até dourar.

TERÇA-FEIRA, 29 DE DEZEMBRO DE 2009

MEXIDOS OU FORMIGOS

Mexidos ou também chamados de formigos, é uma sobremesa natalícia da região norte.
Mesmo sendo típica apenas da região norte, encontram-se várias formas de os fazer.

Regra geral inicia-se este doce com uma calda de açúcar à qual se adiciona o ingrediente principal, o pão, duro, claro está, aproveitamento. O mel e a canela dão calor ao doce que é comido na estação fria. Os pinhões e as amêndoas lembram aldeia e o vinho do Porto aroma desta região.

Depois há variações com e sem amêndoa picada e sobretudo com e sem frutas cristalizadas. Apresento a versão que mais gosto e que me parece ser a mais genuína, mas cada cabeça sua sentença!
Há receitas também onde as passas fazem parte do próprio doce, opto por esta versão também, para quem não gosta de passas/sultanas, as possa retirar facilmente e saborear a sobremesa. Nalgumas zonas o pão pode ser susbstituído por pão-de-ló endurecido.

Baseei-me na receita da revista "Doces Momentos" do açúcar Sores e Sidul de 2002.

E com estes Mexidos desejo umas Boas Festas a todos os que por aqui passam.

Fiz assim...

MEXIDOS OU FORMIGOS

INGREDIENTES
250g de açúcar amarelo
50ml de água
1 pau de canela
250g de pão com 3 dias
125g de miolo de amêndoa picada
1 cálice de vinho do Porto
4 colheres (sopa) de mel
5 gemas
75g de manteiga

PREPARAÇÃO
Partir o pão em pedaços pequenos de demolhar em água que o cubra, numa taça, durante 20min..

Numa caçarola levar ao lume o açúcar, a água e o pau de canela, deixando ferver 3min..
Introduzir o pão escorrido, o vinho do Porto, a amêndoa e o mel. Deixar ferver uns minutos, mexendo bem para desfazer o pão. Retirar do lume e eliminar o pau de canela.

À parte, bater as gemas e juntar à mistura anterior, parcialmente arrefecida. Mexer bem e levar ao lume para cozer uns minutos.
Juntar a manteiga e mexer.

Verter para um prato ou travessa e guarnecer com os pinhões, passas e canela em pó.

NOTAS, MAS NÃO MENOS IMPORTANTES
- Durante a cozedura se a mistura estiver muito seca, juntar um pouco mais de vinho do Porto ou água;
- O pau de canela pode ser substituído por 1 gota, apenas 1 gota de essência de canela. A canela em pó fica apenas para polvilhar por cima, uma vez que na massa escurece-a.

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